DEFICIÊNCIA ENERGÉTICA RELATIVA NO ESPORTE
- Márcia Salandini

- 27 de jan. de 2024
- 2 min de leitura
Você tem tido uma fadiga exagerada depois dos seus treinos? Imunidade baixa, com eventos de resfriados ou disfunções intestinais? Baixa concentração ou desânimo nesses períodos? Histórico de lesão recorrente ou fraturas por estresse? Se isso lhe parece comum, você pode estar sofrendo de deficiência energética crônica, mais conhecida como RED´s (Relative Energy deficiency in sports).

COMO ELA OCORRE?
Ela ocorre por uma deficiência crônica de energia, ou seja, é uma síndrome que acontece quando a dieta e a ingestão calórica da fase estão muito abaixo das suas necessidades para seu treinamento, a ponto de causar deficiências em funções fisiológicas, gerando um estresse metabólico excessivo e os sintomas que descrevi no começo.
A baixa disponibilidade de energia também compromete a função menstrual e saúde óssea, condição historicamente mais comum em mulheres, conhecida como a tríade da mulher atleta.
Esta condição pode acontecer em fases em que há o objetivo de perda de peso ou redução de gordura corporal, quando o déficit calórico é mau planejado e se torna excessivo, por exemplo. Também ocorre quando há aumento no volume na carga de treinos e a alimentação não é ajustada para a fase.
COMO ELA ME AFETA?
Fisiologicamente, esta condição também traz consequências, tais como:
· Taxa metabólica basal reduzida: A energia gasta em repouso tende a reduzir, comprometendo nossos sistemas;
· Saúde óssea comprometida: Maior probabilidade de lesões e fraturas;
· Baixa síntese proteica: queda da força muscular, queda de cabelo, unhas enfraquecidas, articulações mais rígidas;
· Baixos estoques de glicogênio muscular (reserva de energia muscular): Em especial quando a estratégia de ingestão de carboidrato não está boa;
· Função menstrual irregular: desbalanço hormonal que afeta ainda mais mulheres e ciclos hormonais;
· Baixa imunidade;
· Saúde vascular comprometida: maior produção de radicais livres e fatores inflamatórios sanguíneos;
Veja que tal condição, além de afetar seu desempenho e bem estar, também pode comprometer a saúde, o que não faz sentido algum para quem pratica um esporte!
COMO RESOLVER E TRATAR?
1. Adaptar a ingestão calórica para cada fase de treino: nas fases de maior volume e intensidade a ingestão de carboidratos deve ser maior;
2. Os estudos sugerem trabalhar com ingestão calórica acima de 30kcal por Kg de peso de massa magra, sendo que o ideal é a faixa de 40 a 50kcal, valores que devem ser praticados no planejamento da dieta;
3. Planejar quantidades adequadas de carboidratos pré e pós treino, de acordo com o tempo e a intensidade do exercício;
4. Para os treinos mais longos, com duração maior que 1 hora ou provas, a ingestão de carboidrato nos 3 dias anteriores deve alcançar 3g/kg de peso corporal.
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