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OPTEI PELA CIRURGIA BARIÁTRICA: E AGORA?

  • Foto do escritor: Márcia Salandini
    Márcia Salandini
  • 14 de fev. de 2024
  • 3 min de leitura

O percurso de quem opta por fazer a cirurgia bariátrica para um novo estilo de vida: Saiba o que deve ser feito para que você alcance de fato saúde e qualidade de vida depois da cirurgia



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A decisão pela cirurgia muitas vezes é um processo árduo, porque deve considerar tudo o que muda ou pode mudar na vida pós procedimento. Deve ser uma decisão madura e cheia de responsabilidade, já que é sua qualidade de vida que está em jogo.

Muitas vezes, ela é orientada por profissionais de saúde que lhe acompanham e consideram todos os riscos e benefícios da escolha, ou até mesmo se ela é adequada para seu caso.

De antemão, há alguns critérios mínimos definidos pelo Ministério da Saúde, de acordo com a Portaria nº 424, de 19 de março de 2013:

 

  •        Indivíduos com IMC maior ou igual a 50 kg/m²;

  •        Indivíduos com IMC maior ou igual a 40 kg/m², com ou sem comorbidades, mas com falha documentada no tratamento clínico, realizado por no mínimo 2 anos e baseado em protocolos clínicos;

  •        Indivíduos com IMC maior ou igual a 35 kg/m² e com comorbidades, das quais:

 

- Hipertensão arterial;

- Diabetes Mellitus;

- Doenças cardiovasculares;

- Neoplasias;

- Doenças respiratórias;

- Doenças osteoarticulares.

 

Estes critérios mínimos são identificados pela equipe no início do processo.

Um fato importante a se considerar é que a decisão pela cirurgia deve ser acompanhada da decisão de mudar aspectos essenciais do estilo de vida. Isto porque deve ficar claro que, para que você alcance o resultado da perda de peso e para que ela se sustente ao longo da vida, serão necessárias mudanças na sua relação com a comida e no seu estilo de vida, que vão muito além da cirurgia somente.



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O QUE MUDA DEPOIS DA CIRURGIA?


Quanto à alimentação, resumi abaixo as principais mudanças que ocorrem depois da cirurgia, que devem ser adotadas por toda a vida:


- Mudança no tamanho das porções e quantidades: Mesmo depois do período pós operatório, em que há evolução da consistência da dieta de líquida para a sólida novamente, as porções devem se adequar ao novo volume do estômago, que varia de acordo com a técnica e deve ser orientada. Um dos grandes motivos de complicações ou reganho de peso estão relacionados a volumes inadequados de alimentação ao longo da vida; 

 

- Adotar mudança na qualidade da alimentação, para suprir as necessidades nutricionais nos menores volumes ingeridos: Como as porções são pequenas, se não tiverem qualidade (inclusão de fontes de proteína e de vegetais, por exemplo) provocarão deficiências graves e sintomas intensos. Somente a suplementação não supre as necessidades do corpo, sendo a alimentação uma base fundamental para viver em equilíbrio e com ausência de sintomas críticos e que reduzem a qualidade de vida;

 

- Inclusão de suplementação adequada: A cirurgia provoca síndromes de má absorção de nutrientes, pela mudança anatômica e fisiológica gerada. Desta forma, a suplementação é essencial por toda a vida e deve ser acompanhada por Nutricionista, para adequar às necessidades de cada fase e pelo Endocrinologista, para avaliar condições hormonais e na necessidade de suplementação endovenosa;

 

- Mudanças de digestibilidade e aceitação: Após a cirurgia, a aceitação de alguns alimentos pode ficar prejudicada, seja por gerar má digestão ou por provocar efeitos metabólicos como a Síndrome de Dumping. Identificar quais alimentos ou quantidades são prejudiciais e evita-las é fundamental para controlar sintomas e evitar riscos de saúde a longo prazo;

 

- Mudanças de comportamento sociais e emocionais em que a comida está envolvida: Após a cirurgia, as emoções e desafios emocionais continuam a acontecer. Desenvolver uma relação de equilíbrio com a comida e evitar a fuga emocional para ela é importante para manter os resultados e a saúde mental. Nem sempre é fácil, principalmente nos casos em que antes da cirurgia haviam comportamentos de compulsão alimentar.

Mecanismos de transferência de compulsão podem acontecer quando não são tratados, na tentativa de encontrar prazer em novos hábitos, como jogos, tabagismo, compulsão por sexo ou compras, consumo de bebida alcoólica excessiva, o comer noturno e hábito de beliscar. São comportamentos que devem ser monitorados e tratados em seus  ‘gatilhos’ pela equipe multidiscipplicar, em especial a psicologia.

 

 

E ATENÇÃO: Todas estas medidas devem ser acompanhadas e mantidas a longo prazo, não só no período pós operatório. Além da parte nutricional, outros cuidados são importantes para garantir o sucesso da cirurgia a longo prazo, como a prática de exercício físico, manejo do estresse, boa qualidade do sono e acompanhamento de toda a equipe multidisciplinar por toda a vida. A obesidade é uma doença multifatorial, e que não está relacionada somente ao peso, como você pode perceber!


Será um prazer para a equipe acompanhar você nesta trajetória de sucesso, auxiliando a identificar dificuldades e fraquezas, normais do caminho, mas que precisam de apoio e medidas adequadas de correção, quando necessárias.


Ficou com dúvidas ainda? Chama a Nutri!

 



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