CUIDE DO SEU INTESTINO PARA TER BONS RESULTADOS
- Márcia Salandini
- 12 de jan. de 2024
- 3 min de leitura
Alô galera do intestino ‘preso’, ‘solto’, com inchaço, estufamento ou com cólicas: Diga-me como está seu intestino e eu direi como está seu humor, sua disposição, seu desempenho, seu cabelo, unhas, pele, peso (pasmem!) e sua imunidade.

As estruturas intestinais (células, junções, milhões de enzimas e produtos da transformação bacteriana local) são verdadeiros reguladores endócrinos, da imunidade e do sistema nervoso. Não é normal conviver com fezes mal formadas (endurecidas ou irregulares) e todas as consequências disso.
Quer saber se seu intestino está saudável e se seus sintomas tem a ver com ele? Veja abaixo na Escala de Bristol a aparência das fezes e identifique qual se aproxima mais da sua:

Se as suas fezes possuem aparência próxima dos tipos 3 e 4, parabéns! Sua evacuação está normal e é um sinal de ótimo trânsito intestinal.
Porém, se ela está mais próxima dos outros tipos e se você convive com estes sintomas, comece colocando em prática estas sugestões:
1. Mantenha uma alimentação saudável, a base de #comidadeverdade e com baixo consumo de alimentos ultraprocessados.
A ingestão de vegetais em geral confere velocidade adequada à digestão, uma absorção eficiente de nutrientes, a presença de componentes que reforçam e potencializam o comportamento imunológico, uma seleção adequada pelas células do que entra e o que não entra no organismo, como toxinas e compostos químicos e, por fim, os vegetais alimentam as bactérias benéficas que vivem lá, produzindo compostos que auxiliam no controle do colesterol, glicemia (açúcar no sangue), reduzem risco de câncer, diabetes e uma série de outros desequilíbrios de saúde.
Já os alimentos ultraprocessados, que são aqueles que passam por uma grande quantidade de processos industriais e possuem aditivos químicos/artificiais adicionados, deve ter consumo controlado e reduzido. Estes aditivos não são reconhecidos pelas células intestinais como alimento e sim como um componente estranho, desencadeando reações de inflamação, causadora dos sintomas
São considerados também disruptores endócrinos, por agirem em mecanismos fisiológicos que substituem a ação natural de hormônios, como os hormônios da tireóide, estrogênio, insulina e que estão associados a doenças autoimunes.
Além disso, destacam-se por serem ricos em gorduras, açúcares adicionados e sódio, condição que os associa ao risco de diabetes, obesidade e câncer.
Por isso, atenção: estes alimentos não podem ser a base da sua alimentação e deve ser sempre avaliado o seu uso.
2. Aumente progressivamente a ingestão de líquidos
Aumente aos poucos seu consumo de água, se você beber pouca. Dica de meta real e possível: Se você não bebe nem 1 litro de água por dia, começar de cara a tomar 2 litros vai te incomodar, pela quantidade de vezes que terá de ir urinar no dia! Comece aumentando aos poucos a quantidade e observe sua urina:

Aumente a ingestão sempre que perceber uma coloração mais amarelada (a partir de 4)
Para saber a sua quantidade ideal da ingestão de líquidos, multiplique o valor do seu peso (kg) por 30mL e o resultado será a quantidade recomendada (em mL), salvo condições especiais de saúde, temperatura e treinamento.
3 - Inclua algum probiótico na sua rotina:
Alimentos fermentados como iogurtes naturais, coalhada, kefir, tofu e kombucha, ajudam no equilíbrio da microbiota intestinal. Eles possuem bactérias benéficas que são necessárias para o equilíbrio do ambiente intestinal e precisam ser consumidas em situações de disfunções. Em alguns casos, suplementos probióticos podem ser indicados.
Caso seus sintomas persistam ou a aparência de fezes não melhore, procure ajuda especializada do gastroenterologista e da nutricionista, pois eles podem ser sinais de algo que necessita de diagnóstico e tratamento específico.
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